Um remédio pra alma!

Nem sei quando comecei a escrever pra afogar minhas mágoas, só sei que desde os meus dez anos de idade eu pensava em ser escritora, como se isso fosse tão fácil assim, só pensar e pimba... tô lá, na cerimônia de lançamento do meu livro, do jeitinho que eu vejo na tv, as pessoas em fila e eu sentada em volta de uma mesa, só esperando o próximo leitor com seu livro pra autografar e sua câmera em mãos.
Pra falar a verdade eu sempre tive relativa facilidade com as palavras; adorava participar de concursos de redação na escola em que cursei meu ensino fundamental, caprichava à beça, ficava dias aprimorando meu texto, só que nunca, nunca me destaquei.
Com onze anos (se não me engano) comecei a escrever meu primeiro livro, era uma historinha daquelas bem pré-adolescentes; lembro-me que joguei os rascunhos fora antes de terminar (não me pergunte o porquê). Desiludi com esse lance de ser escritora; foquei na escola e durante três anos fui uma grande cdf.
Com quatorze ou quinze anos passei a imaginar que eu precisava fazer algo para ser lembrada, reconhecida; passei a crer que eu precisava de alguma forma contribuir com o mundo. Inventei de escrever outro livro; me disseram que a história era fraca e improvável, guardei-o na gaveta e lá ele ainda está. 
E hoje, com dezesseis anos, sem rumo, sem existência reconhecida, sem saber fazer quase nada direito (inclusive escrever), com um coração partido e uma mente conturbada; tenho escrito muito, muito pra mim. Escrever foi a melhor forma que encontrei pra aliviar minha inquietude e dar vazão aos meus anseios e frustrações. Escrever é um dos melhores remédios pra solidão da alma, pra conhecer sentimentos desconhecidos, etc, etc, etc.
E se me permita te dar um conselho, escreva! Tá doendo? Tá sangrando? Tá escorrendo pelos olhos? Ou é só felicidade mesmo? Ou quem sabe você só está indignado? Seja qual for a situação, escreva!

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